sábado, 26 de abril de 2008

Dietas a usar com cautela


Muitas dietas na moda baseiam-se em quatro regimes alimentares clássicos. Se pretende seguir alguma, informe-se primeiro.

Vegetariana
Os regimes vegetarianos que podem incluir, além de produtos vegetais, leite e ovos, não se destinam a fazer perder peso, mas correspondem sobretudo a uma opção de vida. Apesar disso, o obeso que se torne vegetariano poderá emagrecer se for disciplinado, embora possa apresentar, por ignorância, algumas deficiências nutricionais.

Macrobiótica
Trata-se de uma dieta que classifica os alimentos em passivos (Yin) e activos (Yang), os quais devem ser consumidos de forma equilibrada. O regime macrobiótico é formado por uma sequência de dez passos: os primeiros cinco incluem quantidades cada vez menores de alimentos de origem animal; os restantes baseiam-se exclusivamente em produtos vegetais, com um aumento progressivo do consumo de cereais. Além disso, aconselha que se reduza a ingestão de água. Ao diminuir o teor energético global e, também, pelo carácter monótono das refeições, permite emagrecer. Porém prolongar este tipo de regime pode causar deficiências nutricionais: défice de proteínas, vitaminas C, A, D e B12, cálcio e ferro, além de um possível quadro de desidratação.

Hiperproteicas
Numerosas dietas ricas em proteínas desaconselham os alimentos com muitos hidratos de carbono: frutas, verduras, açúcares refinados e féculas. Provocam uma oxidação acelerada das gorduras de reserva, o que produz o aparecimento e corpos cetónicos. Os seus adeptos perdem peso, mas poderão vir a sofrer de uma acidose metabólica que causa problemas como astenia, náuseas, vómitos e anorexia.

Dissociadas
Procuram evitar, embora nem sempre com êxito, a combinação de proteínas e hidratos de carbono na mesma refeição. Embora sejam, em princípio, inócuas, baseiam-se em conceitos pseudo-científicos e a sua razão de ser contraria os conhecimentos da fisiologia da digestão.


Fonte: revista “Super Interessante”, número 89

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